domingo, 10 de janeiro de 2010

Equipamentos necessários para corridas de aventura




Existem diversos tipos de corridas de aventura, divididas principalmente pelo seu tempo de duração. O tipo e a quantidade de equipamentos que o atleta precisa levar na prova varia em cada uma delas. Vamos classificá-las aqui em corridas de curta, média e longa duração (ou expedições). Além da distância, toda prova possui características particulares (remo oceânico ou em rios, organização permite ou não uma equipe de apoio, variação de clima, temperatura, relevo da região), que definem a necessidade dos equipamentos a serem carregados pelo atleta durante toda a prova.

As corridas de curta duração são mais rápidas e explosivas, o que exige que os atletas corram o mais leve possível.

Lembrando que em todos os tipos de corridas, é importante o uso de capacete, luvas e colete salva-vidas, além dos equipamentos obrigatórios exigidos pela organização da prova (cobertores de emergência, kit de primeiros socorros, apito, equipamentos verticais, etc).

O tênis precisa reunir bom amortecimento, estabilidade, leveza, resistência e uma boa tração/aderência. As meias sem costuras ajudam a evitar calos e bolhas nos pés. Alguns corredores usam duas meias sobrepostas em cada pé. Em provas longas, um par de meias secas sobressalentes é fundamental. No mercado existem meias específicas para corridas de aventura.

O uso ou não da sapatilha para o mountain bike depende da estratégia adotada pela equipe. Se as pernas de bike forem grandes, talvez compense levar o tênis na mochila e pedalar clipado: a sapatilha aumenta consideravelmente o aproveitamento da pedalada, e pode ser deixada junto à bike na área de transição. Mas se o trajeto de bike escolhido pela equipe não for 100% pedalável, e a bike precisar ser constantemente empurrada, a sapatilha pode ser um empecilho. Nesse caso seria interessante correr toda a prova de tênis.

Alguns corredores preferem as bermudas, mas a calça é muito usada para proteger as pernas de cortes e arranhões, além de aquecer o corpo nas provas frias. Em contrapartida, em regiões muito quentes e úmidas, a calça talvez não seja muito usada, principalmente durante o dia. Os bolsos laterais servem para carregar comida e suplementos.



O tamanho da mochila varia de acordo com a duração da prova e o nível de apoio. As longas vão exigir uma mochila um pouco maior. Se o apoio é permitido, os atletas não precisam carregar muito peso, pois podem se reabastecer nos pontos de apoio. Caso a corrida não permita equipes de apoio, e exija que os atletas sejam auto-suficientes durante a prova, a mochila provavelmente será mais pesada, pois eles deverão carregar mais comida e equipamentos sobressalentes para suprir todas as suas necessidades.

Óculos: opcional. É um importante equipamento de segurança, porém nem sempre obrigatório.

Um relógio com altímetro também não é um item obrigatório, mas ajuda um bocado na navegação. Leve uma boa bússola e um porta mapas impermeável. Muitas equipes usam um porta mapas na própria bicicleta, para que o atleta possa navegar sem precisar parar de pedalar.

As bikes com tecnologia avançada possuem suspensão traseira, freios a disco e são mais leves, mas isso não é pre-requisito para as provas de aventura. É importante que ela esteja equipada com ciclocomputador para que o atleta acompanhe as distâncias do mapa.

Sobressalentes: câmaras de ar, kit de reparos (remendos, cola, espátulas e lixa), chave allen, philips, de corrente e de raios (as mais práticas reunem essas quatro chaves um uma só, em formato de canivete), elos de corrente.

Os faróis e head-lamps, em caso de corridas noturnas, devem ser leves, resistentes à água, econômicos em relação à durabilidade das pilhas, além de proporcionar uma boa iluminação. Infelizmente os faróis que reunem todas essas características são mais caros. Refletores e luzes estroboscópicas frequentemente são equipamentos obrigatórios. Não se esqueça das pilhas reservas!

A escolha do colete salva-vidas é feita levando-se em consideração o peso do atleta. A faixa de peso é informada no próprio colete.

Um anorak (capa de chuva) e uma segunda pele também são muito importantes na chuva e no frio, pois previnem a hipotermia, muito comum em provas frias. Um gorro contribui consideravelmente para a conservação do calor, pois a cabeça pode perder cerca de 30 a 40% do calor corporal, por ser altamente vascularizada.

Para falar dos equipamentos de técnicas verticais, precisaríamos abrir um capítulo à parte. Só para resumir, esses equipamentos (cadeirinha, mosquetões, descensores, cordas, solteiras, etc) precisam de um cuidado especial, principalmente no tranporte durante a prova. Devem ser homologados por uma empresa certificadora de qualidade, respeitar o prazo de validade informado, e estar em ótimas condições. Os mosquetões e freios não devem sofrer quedas e demais impactos.

Normalmente a escolha dos equipamentos é feita após a plotagem do mapa e definição dos caminhos a serem percorridos, e das estratégias da equipe. Importante também reservar um lugar na mochila para alimentação e suplementação.

Prepare a sua lista, e boa prova!


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